Com o aumento da esperança média de vida, tem sido crescente a procura da consulta da memória, sobretudo para esclarecer dúvidas sobre episódios de esquecimento. Na Clínica de Reabilitação de Guimarães, o psiquiatra Pedro Carvalho coordena este tipo de consultas e avaliações, que considera necessárias, quer para diagnósticos corretos, quer para a definição de intervenções adequadas.
Na Clínica de Reabilitação de Guimarães, onde há uma equipa multidisciplinar com vasta experiência, a consulta da memória é dedicada ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pessoas com perturbações da memória e de outras funções cognitivas. Permite definir uma estratégia de tratamento ou prevenção, individualizada e adequada ao meio e à família em que o doente se insere.

Dr. Pedro Carvalho, psiquiatra da Clínica de Reabilitação de Guimarães na Conferência “Boas Práticas no Tratamento de AVC” realizada no dia 26 de janeiro de 2024, em Guimarães. N. da Ordem dos Médicos: 32538
«É muito importante saber que são múltiplas as causas clínicas para os défices cognitivos, tais como depressão, quadros ansiosos, abuso de medicação, entre muitas outras», revela o psiquiatra.
A Consulta da Memória é aconselhável a pessoas com problemas de memória, de linguagem, ou de outras funções mentais; pessoas com doenças degenerativas que afetem as suas funções mentais; pessoas com doenças neurológicas que afetam as funções mentais e não se apercebem de estar esquecidos ou a cometer erros; pessoas com risco elevado de desenvolver uma doença neurológica que possa causar deterioração cognitiva. Mas também é recomendável a quem ainda não apresenta sintomas, mas é descendente ou familiar próximo de pessoas com doença neurodegenerativa e pretenda avaliar o seu grau de risco.
Este tipo de acompanhamento pode revelar-se crucial, sobretudo para reconhecer e tratar precocemente défices das funções cognitivas e assim prevenir a instalação de demência e identificar e tratar doenças não degenerativas que provoquem queixas cognitivas. Revela-se também muito útil para excluir patologias relevantes em doentes com queixas subjetivas de memória e recomendar os estímulos mais adequados às funções cognitivas; bem como diagnosticar e acompanhar doentes com demências e harmonizar os cuidados de saúde com outras especialidades e áreas da medicina.
O que é a perda de memória?
A perda de memória é a incapacidade de recordar- se dos assuntos como era habitual. Uma perda de memória leve é uma consequência normal do processo de envelhecimento. A perda de memória acentuada ou mais séria pode revelar-se um sinal de alerta, um sintoma de mau funcionamento do cérebro, como doença de Alzheimer ou demência. Esquecer-se de coisas que acabaram de acontecer ou ter problemas para realizar atividades realizadas muitas vezes antes são, regra geral, sinais de grave perda de memória. É frequente os familiares observarem mais cedo do que a própria pessoa essa perda de memória.